quinta-feira, 5 de abril de 2007

Pandiatonicismo

Técnica composicional que faz uso livre das notas de uma escala diatônica, não restrito pelos princípios da harmonia tradicional.

Segundo Leon Dallin em Techniques of Twentieth Century Composition, esse termo foi cunhado por Nicolas Slonimsky para “descrever a música que, em reação ao excessivo cromatismo tonal e à atonalidade, volta-se para os recursos da escala diatônica. Somente a ausência de características melódicas e de funções harmônicas separam-na da música diatônica convencional”.

Walter Piston em seu livro Harmony refere-se ao pandiatonicismo como “harmonia de notas brancas” numa referência às teclas brancas do piano.


Slonimsky, criador do termo, observou:
”em 1937 eu propus o termo pandiatonicismo para descrever as exageradas harmonias diatônicas e seus constituintes melódicos. O termo criou raízes e é agora convenientemente conservado como relíquia nos dicionários de música (...) este tipo de harmonia é encontrada nas obras de Debussy, Stravinsky , Copland e muitos outros compositores. Acordes pandiatônicos são construídos sobre quintas e quartas justas, quarta aumentada, sétimas e, também, terças maiores e menores. O acorde pandiatônico típico, contendo todas as sete notas da escala (usualmente da escala maior), é: C – G – D –F – B – E – A. A presença da nota F empresta ao acorde um sentimento de sétima de dominante” (SLONIMSKY, Nicolas. “Music in the Twentieth Century: Problems and Overviews).

Um comentário:

Felipe M. Ribeiro disse...

Muito interessante, não sanou completamente minha dúvida mas me deixou estigado.Valeu